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Em 2025 o System of a Down completará duas décadas sem o lançamento de um álbum de estúdio completo. Após a dobradinha “Mezmerize” e “Hypnotize”, a banda só foi disponibilizar duas músicas inéditas em 2020, com as beneficentes “Protect the Land” e “Genocidal Humanoidz”. Fora isso, apenas algumas turnês esporádicas e shows em eventos especiais.
O vocalista Serj Tankian ofereceu aos colegas a possibilidade de seguir sem sua presença, se comprometendo até mesmo a ajudar na busca por outro cantor. Mas ele garante que os próprios rechaçaram.
O tema foi abordado novamente durante entrevista ao podcast Broken Record. Disse o frontman, conforme transcrição do Blabbermouth:
“Eu ofereci a eles essa oportunidade e os apoiei muito por muitos anos. Se quisessem fazer isso, se desejassem continuar de uma forma que eu não queria — por exemplo, se quisessem fazer muitas turnês e eu só quisesse fazer alguns shows aqui e ali, porque eu não gosto de fazer muitas turnês –, para ser justo com eles, se eles quisessem, ainda estou totalmente aberto. Não tenho certeza se aceitariam, pois não o fizeram até agora. Talvez entendam que isso tiraria um pouco do prestígio e legado da banda em si, mas como amigos e como alguém que se importa muito com meus parceiros, eu ficaria bem caso optassem por esse caminho.”
Ao mesmo tempo, Serj entende que a manutenção da formação com os quatro envolvidos é o principal diferencial no estilo único do grupo.
“Tudo o que cada pessoa é — desde sua personalidade até seu estilo de tocar, como pensa, como se sente e a combinação disso — faz do System of a Down o que ele é. Se você tirar qualquer partícula desse composto, não será o mesmo. Poderia usar o nome, mas não seria a mesma coisa. Até mesmo a teimosia e as diferenças criativas, tudo, o empurra e puxa, a mania, a calma, tudo isso é o que faz quem somos.”
Em um trecho de sua nova autobiografia, “Down with the System” (via Rolling Stone), Tankian revelou que nunca teve o mesmo gosto dos colegas por turnês e pelo ciclo de álbuns da indústria. Isso ao seu ver lhe transformou num fardo para o resto do grupo.
Ele escreveu sobre uma reunião, ao final de 2017, durante a qual abordou o assunto:
“‘Então, quem vai me dar uma festa de despedida?’, eu perguntei à banda. ‘Um de vocês quer ser o mestre de cerimônias?’. Eu ri um pouco, mas estava sério. ‘Olha, gente, eu estive bem claro de não ter mais interesse por causa tanto das minhas costas quanto o fato de não fazer mais parte da minha visão das coisas.’
‘O negócio, contudo’, eu continuei, ‘é que não quero segurar vocês. Esse é o sonho de vocês. Aquilo que vocês trabalharam a vida inteira. Vocês merecem isso.’ Eu olhei para Daron (Malakian, guitarrista), Shavo (Odadjian, baixista) e John (Dolmayan, baterista), sabendo que o que eu diria a seguir bateria forte. ‘Acho que vocês precisam encontrar um novo vocalista’.”
Tankian havia pensado tanto no assunto a ponto de ter um substituto em mente — e ainda ofereceu ao resto da banda treiná-lo, garantindo assim uma transição amigável. A resposta dos outros integrantes do System of a Down foi convencer seu cantor a permanecer no grupo.
Apesar da resistência em seguir com outro vocalista, os instrumentistas do System of a Down chegaram a fazer um teste, antes, sem que Serj Tankian soubesse. O cantor relatou:
“Eu meio que pensei que eles tinham esquecido a ideia de contratar um novo vocalista, mas mais ou menos um ano depois, John, Shavo e eu estávamos em um evento de arrecadação de fundos em Glendale, e um cantor que eu conhecia se levantou e cantou essa linda música. Canção armênia. Shavo estava sentado ao meu lado na mesa. Ele se inclinou e me deu um tapinha no ombro. ‘A propósito’, Shavo acenou em direção ao cantor, ‘tentamos esse cara como cantor. O único problema era que ele não conseguia gritar e rosnar’.
Fiquei surpreso. Não por estarem fazendo testes para substitutos, mas por manterem isso em segredo. ‘Por que vocês nunca me contaram?’, sussurrei. Shavo encolheu os ombros. ‘Eu não sei’. Virei-me para Shavo, agora olhando diretamente para ele. ‘Escute, ele é um bom cantor’, eu disse. ‘Posso levá-lo para o estacionamento agora mesmo e ensiná-lo essas técnicas. Você realmente deveria considerá-lo’. Nos anos mais recentes, apresentei-lhes outro amigo como um substituto potencial que eles deveriam considerar seriamente. Mas acho que nunca o fizeram.”
Fonte: Igor Miranda
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Em 2025 o System of a Down completará duas décadas sem o lançamento de um álbum de estúdio completo. Após a dobradinha “Mezmerize” e “Hypnotize”, a banda só foi disponibilizar duas músicas inéditas em 2020, com as beneficentes “Protect the Land” e “Genocidal Humanoidz”. Fora isso, apenas algumas turnês esporádicas e shows em eventos especiais.
O vocalista Serj Tankian ofereceu aos colegas a possibilidade de seguir sem sua presença, se comprometendo até mesmo a ajudar na busca por outro cantor. Mas ele garante que os próprios rechaçaram.
O tema foi abordado novamente durante entrevista ao podcast Broken Record. Disse o frontman, conforme transcrição do Blabbermouth:
“Eu ofereci a eles essa oportunidade e os apoiei muito por muitos anos. Se quisessem fazer isso, se desejassem continuar de uma forma que eu não queria — por exemplo, se quisessem fazer muitas turnês e eu só quisesse fazer alguns shows aqui e ali, porque eu não gosto de fazer muitas turnês –, para ser justo com eles, se eles quisessem, ainda estou totalmente aberto. Não tenho certeza se aceitariam, pois não o fizeram até agora. Talvez entendam que isso tiraria um pouco do prestígio e legado da banda em si, mas como amigos e como alguém que se importa muito com meus parceiros, eu ficaria bem caso optassem por esse caminho.”
Ao mesmo tempo, Serj entende que a manutenção da formação com os quatro envolvidos é o principal diferencial no estilo único do grupo.
“Tudo o que cada pessoa é — desde sua personalidade até seu estilo de tocar, como pensa, como se sente e a combinação disso — faz do System of a Down o que ele é. Se você tirar qualquer partícula desse composto, não será o mesmo. Poderia usar o nome, mas não seria a mesma coisa. Até mesmo a teimosia e as diferenças criativas, tudo, o empurra e puxa, a mania, a calma, tudo isso é o que faz quem somos.”
Em um trecho de sua nova autobiografia, “Down with the System” (via Rolling Stone), Tankian revelou que nunca teve o mesmo gosto dos colegas por turnês e pelo ciclo de álbuns da indústria. Isso ao seu ver lhe transformou num fardo para o resto do grupo.
Ele escreveu sobre uma reunião, ao final de 2017, durante a qual abordou o assunto:
“‘Então, quem vai me dar uma festa de despedida?’, eu perguntei à banda. ‘Um de vocês quer ser o mestre de cerimônias?’. Eu ri um pouco, mas estava sério. ‘Olha, gente, eu estive bem claro de não ter mais interesse por causa tanto das minhas costas quanto o fato de não fazer mais parte da minha visão das coisas.’
‘O negócio, contudo’, eu continuei, ‘é que não quero segurar vocês. Esse é o sonho de vocês. Aquilo que vocês trabalharam a vida inteira. Vocês merecem isso.’ Eu olhei para Daron (Malakian, guitarrista), Shavo (Odadjian, baixista) e John (Dolmayan, baterista), sabendo que o que eu diria a seguir bateria forte. ‘Acho que vocês precisam encontrar um novo vocalista’.”
Tankian havia pensado tanto no assunto a ponto de ter um substituto em mente — e ainda ofereceu ao resto da banda treiná-lo, garantindo assim uma transição amigável. A resposta dos outros integrantes do System of a Down foi convencer seu cantor a permanecer no grupo.
Apesar da resistência em seguir com outro vocalista, os instrumentistas do System of a Down chegaram a fazer um teste, antes, sem que Serj Tankian soubesse. O cantor relatou:
“Eu meio que pensei que eles tinham esquecido a ideia de contratar um novo vocalista, mas mais ou menos um ano depois, John, Shavo e eu estávamos em um evento de arrecadação de fundos em Glendale, e um cantor que eu conhecia se levantou e cantou essa linda música. Canção armênia. Shavo estava sentado ao meu lado na mesa. Ele se inclinou e me deu um tapinha no ombro. ‘A propósito’, Shavo acenou em direção ao cantor, ‘tentamos esse cara como cantor. O único problema era que ele não conseguia gritar e rosnar’.
Fiquei surpreso. Não por estarem fazendo testes para substitutos, mas por manterem isso em segredo. ‘Por que vocês nunca me contaram?’, sussurrei. Shavo encolheu os ombros. ‘Eu não sei’. Virei-me para Shavo, agora olhando diretamente para ele. ‘Escute, ele é um bom cantor’, eu disse. ‘Posso levá-lo para o estacionamento agora mesmo e ensiná-lo essas técnicas. Você realmente deveria considerá-lo’. Nos anos mais recentes, apresentei-lhes outro amigo como um substituto potencial que eles deveriam considerar seriamente. Mas acho que nunca o fizeram.”
Fonte: Igor Miranda